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    Severe Invasive Streptococcal Disease - Emerging Disease?

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    Introdução: A incidência da doença estreptocócica invasiva (DSI) tem vindo a aumentar na Europa e América do Norte desde o final dos anos 1980, provavelmente relacionada com a emergência de estirpes mais virulentas. Em oito meses foram internados no nosso hospital seis casos desta entidade rara. Objectivos: Descrever as características da doença estreptocócica invasiva grave. Métodos: Estudo descritivo, de Dezembro de 2007 a Julho de 2008. Analisaram-se parâmetros demográficos, factores de risco, clínica, terapêutica, complicações e evolução. Resultados: Identificaram-se seis casos com mediana de idade de 2,5 anos: síndrome de choque tóxico estreptocócico (STSS) (2), fasceíte necrotizante (2), bacteriémia (1) e infecção estreptocócica grave (1). Cinco casos ocorreram entre Dezembro e Fevereiro. Em quatro doentes registaram-se eventuais factores de risco (infecções virais e anti-inflamatórios não esteroides). Duas crianças necessitaram de cirurgia e três de tratamento em cuidados intensivos. Todas as estirpes eram susceptíveis à penicilina e clindamicina. Ocorreram complicações em 5/6 doentes: choque séptico (3), coagulação intravascular disseminada (2), insuficiência renal (2), abcesso de tecidos moles (2), sobreinfecção bacteriana (2), síndrome de dificuldade respiratória do adulto (1), osteomielite /artrite séptica (1) e pneumonia/derrame pleural (1). Não se registaram óbitos. Comentários: Seis casos de DSI num curto espaço de tempo podem indiciar a emergência de estirpes de Streptococcus grupo A (GAS) de maior virulência no nosso país, pelo que a realização de estudos moleculares será fundamental na identificação de clones invasivos. Apesar da susceptibilidade à penicilina, a DSI cursa com morbilidade elevada, pelo que, o importante parece ser procurar novas formas de tratar o doente e não o agente

    Herpes Zoster na Infância

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    O herpes zoster (HZ) surge por reactivação do vírus varicella zoster, latente na raiz dorsal dos gânglios sensoriais. A incidência aumenta com a idade, sendo raro na infância. São descritos os casos de duas crianças de dez e 16 meses,previamente saudáveis, internadas por exantema vesicular localizado, respectivamente, aos dermátomos T11-T12 e ramo oftálmico do trigémio. Foram medicadas com aciclovir com boa evolução e o estudo da imunidade efectuado não apresentava alterações. A aquisição precoce de HZ é rara e tem sido atribuída à imaturidade do sistema imunitário da criança e à interferência com os anticorpos maternos. Numa criança pequena, previamente saudável, o HZ é um diagnóstico possível e a exclusão de imunodeficiência subjacente não é obrigatória

    Acute Acalculous Cholecystitis due to Salmonella Enteritidis in a Child with Influenza A (H1N1)v

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    A colecistite aguda acalculosa é uma entidade pouco frequente na idade pediátrica e uma complicação rara da enterocolite por salmonelas não tifóides. A co-infecçãocom o virus influenza A (H1N1)v nunca foi previamente descrita. Caso Clinico: Rapaz de 10 anos de idade, previamente saudável, com febre elevada, cefaleias , mialgias, vómitos e diarreia. a RT-PCR para virus influenza A, subtipo H1N1v foi postiva no exsudado nasofaríngeo mas não foi prescrito oseltamivir. Ao quinto dia da doença por persistência do quadro clinico com agravamento da sintomatologia gastrointestinal recorreu à urgência. Foi internado com sinais de desidratação grave, insuficiência pré-renal aguda e oligúria, tendo-se procedido a analgesia , antipiréticos e hidratação endovenosa. Foi isolada Salmonella Enteriditis nas coproculturas. Ao 9º dia de doença houve agravamento da dor abdominal associando-se sinal de Murphy. A ecografia abdominal revelou sinais de colecistite aguda e adenopatia a comprimir infundíbulo da vesicula biliar tendo-se iniciado antibioterapia. Os sintomas persisitiram durante cinco dias, verificando-se posterior evolução clinica favorável. Discussão: A etiologia da colecistite acalculosa foi provavelmente multifatorial para a qual contribuíram a febre, a desidratação, os analgésicos, o jejum prolongado e a infecção por salmonela, cujo ciclo envolve a via biliar. A compressão pelos gânglios hipertrofiados na sequência da infecção H1N1v foi provavelmente um fator adicional, sendo questionável se a terapêutica prévia com oseltamivir teria modificado o prognóstico

    Ciclosporina: Riscos em Idade Pediátrica

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    Introdução: A eficácia e segurança da ciclosporina têm sido demonstradas em patologias inflamatórias dermatológicas, nomeadamente psoríase e eczema, em adultos e crianças. Na idade pediátrica o seu uso é no entanto ainda limitado. Apresentamos três casos clínicos em que a ciclosporina, foi interrompida por aparecimento de complicações. Este trabalho visa alertar para potenciais efeitos secundários da ciclosporina, a fim de evitar utilizações abusivas. Casos clínicos: Foram submetidas a terapêutica com ciclosporina oral duas crianças de quatro e 13 anos de idade com eczema e uma criança de dois anos, com psoríase eritrodérmica. No primeiro caso interrompeu-se terapêutica pelo aparecimento de impétigo ao sexto dia de ciclosporina. Iniciou corticóides e inibidores tópicos da calcineurina com boa resposta. No segundo caso, a ciclosporina foi interrompida pelo aparecimento de herpes facial exuberante e toxicidade hepática e renal no quarto dia de tratamento. No último caso, de psoríase generalizada e impétigo, medicado com flucloxacilina e gentamicina,a terapêutica foi interrompida ao sexto dia por angioedema e urticária generalizados por quadro de angioedema e urticária generalizados, interpretado como reacção de hipersensibilidade a beta-lactâmicos, não sendo contudo possível excluir papel da ciclosporina. Discussão: Os dados sobre a utilização da ciclosporina em crianças são ainda escassos. A utilização deve ser limitada a casos com indicações precisas, após considerar riscos e benefícios

    Arthritis in Kawasaki Disease: A Poorly Recognised Manifestation

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    To determine the prevalence of arthritis in Kawasaki disease (KD) and the clinical characteristics of children with KD and arthritis.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Systemic Treatment of Metastatic Conjunctival Melanoma.

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    Conjunctival melanoma (CM) is an exceptionally rare tumor, with a propensity for local and distant recurrence, with the lungs, skin, liver, and brain being the most common sites of metastasis. Recent progress in systemic treatments, with checkpoint inhibitors and targeted therapies blocking BRAF and MEK, has redefined the standard of care of advanced unresectable and metastatic melanoma. Although most trials did not include patients with conjunctival melanoma, its close molecular and genetic relationship to cutaneous melanoma might suggest a similar response to these novel agents. The authors describe two uncommon cases of metastatic conjunctival melanomas with distinct genetic profiles and, as such, submitted to different systemic treatments.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Abordagem Clínica e Terapêutica de Doentes Internados por COVID-19: Uma Coorte Pediátrica em Portugal

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    Introduction: Coronavirus disease 2019, or COVID-19, in children is usually a mild disease, but severe illness has been reported. Currently, the therapy benefits of antiviral experimental drugs are still uncertain. The main aim of this study is to describe the experience of a level III hospital regarding therapeutic management of hospitalized children with COVID-19 and to characterize clinical features and evolution. Material and methods: This is a descriptive study of patients with COVID-19 in a level III pediatric hospital in Portugal between March and June 2020. Experimental drugs were administered according to the best scientific evidence at the time as 'off-label use'. Results: Among 200 children with SARS-CoV-2 infection, 37 were admitted due to COVID-19. Median age was one year (23 days - 18 years), 43% had comorbidities and 20/37 (54%) received antiviral therapy. Hydroxychloroquine was administered in 13 patients, in monotherapy or combined with lopinavir/ritonavir or azithromycin. Lopinavir/ritonavir was administered in eight patients and three children were treated with remdesivir. The patients who were treated had pneumonia (14), multisystem inflammatory syndrome in children (2), sepsis (2), myocarditis (1), acute respiratory distress syndrome (1), and mild illness with comorbidities (3). Other therapies included methylprednisolone and immunoglobulin (3), enoxaparin (2), antibiotics (16), oxygen (7), corticosteroids, and other inhaled therapy (16). Discussion: Several treatment approaches have been proposed for severe COVID-19, even though none of them had been proven effective or approved for small children. Currently, remdesivir is approved for children aged above 12 years-old. Although 54% of our patients were treated with antivirals, it is important to understand that the favorable clinical evolution could be related with the natural course of the disease. Conclusion: A significant proportion of our population presented severe and critical disease, was hospitalized and received treatment according to the most recent data, although most patients had mild disease. COVID-19 treatment in children is a clinical challenge and clinical trials are urgently needed.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Inhibition of the formation in vitro of putatively carcinogenic metabolites derived from S. Haematobium and O. Viverrini by Combination of Drugs with Antioxidants

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    Infections caused by Schistosoma haematobium and Opisthorchis viverrini are classified as carcinogenic. Although carcinogenesis might be a multifactorial process, it has been postulated that these helminth produce/excrete oxysterols and estrogen-like metabolites that might act as initiators of their infection-associated carcinogenesis. Current treatment and control of these infections rely on a single drug, praziquantel, that mainly targets the parasites and not the pathologies related to the infection including cancer. Thus, there is a need to search for novel therapeutic alternatives that might include combinations of drugs and drug repurposing. Based on these concepts, we propose a novel therapeutic strategy that combines drugs with molecule antioxidants. We evaluate the efficacy of a novel therapeutic strategy to prevent the formation of putative carcinogenic metabolites precursors and DNA adducts. Firstly, we used a methodology previously established to synthesize metabolites precursors and DNA adducts in the presence of CYP450. Then, we evaluated the inhibition of their formation induced by drugs and antioxidants alone or in combination. Drugs and resveratrol alone did not show a significant inhibitory effect while N-acetylcysteine inhibited the formation of most metabolite precursors and DNA adducts. Moreover, the combinations of classical drugs with antioxidants were more effective rather than compounds alone. This strategy might be a valuable tool to prevent the initiation of helminth infection-associated carcinogenesis.This work was financed by FEDER-Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional funds through the COMPETE 2020-Operational Programme for Competitiveness and Internationalisation (POCI), Portugal 2020, and by Portuguese funds through FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, in the framework of the projects "Institute for Research and Innovation in Health Sciences" (POCI-01-0145-FEDER-007274). N.V. also acknowledges support from FCT and FEDER (European Union), award number IF/00092/2014/CP1255/CT0004. FUNDING TEXT 2: Funding: This work was financed by FEDER-Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional funds through the COMPETE 2020-Operational Programme for Competitiveness and Internationalisation (POCI), Portugal 2020, and by Portuguese funds through FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, in the framework of the projects “Institute for Research and Innovation in Health Sciences” (POCI-01-0145-FEDER-007274). N.V. also acknowledges support from FCT and FEDER (European Union), award number IF/00092/2014/CP1255/CT0004

    Iatrogeny in Paediatrics. Reconsider Attitudes

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    A iatrogenia é uma alteração patológica provocada no doente que pode ocorrer nas várias fases do acto médico. Nos EUA é considerada a quarta causa de morte, mas em Portugal as referências na literatura são escassas e a sua incidência é desconhecida. Ainda que diferente de erro médico, continua tema tabu para os profissionais de saúde. Apresenta-se o caso clínico de iatrogenia relacional, diagnóstica e terapêutica, com consequências importantes para o doente. O médico tem um papel fundamental na redução da morbilidade e mortalidade por iatrogenia, sendo seu dever questionar e repensar diagnósticos e terapêuticas e manter uma atitude vigilante e autocrítica, de modo a identificar eventuais riscos de iatrogenia ou a corrigi-la o mais precocemente possível

    Septic Arthritis: Clinical Algorithm Implementation

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    Introdução: A artrite séptica é uma entidade pouco frequente, cujo diagnóstico e tratamento precoces podem evitar sequelas graves. Em Janeiro de 2007, foi implementado no nosso hospital um protocolo de actuação com a finalidade de melhorar a abordagem das crianças com artrite séptica. Objectivos: Comparar resultados pré e pós-protocolo; avaliação do cumprimento do protocolo e dos efeitos da sua implementação na abordagem diagnóstica, terapêutica e morbilidade da artrite séptica. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo das crianças e adolescentes internadas por artrite séptica, durante 8 anos. Foram constituídos dois grupos: pré-protocolo (2003-2006) e pós-protocolo (2007-2010). Analisaram-se dados demográficos, clínicos, laboratoriais, imagiológicos, de terapêutica e evolução. Resultados: Foram incluídos 93 doentes (42 pré-protocolo; 51 pós-protocolo). Após a implementação do protocolo, verificou-se um aumento significativo das colheitas de líquido sinovial para análise citoquimica (0/42 (0%) vs 14/51 (27,5%), p<0.001) e bacteriológica (25/41 (59,5%) vs 45/51 (90,2%), risco relativo 1.52, IC 1,13-1,94). De igual modo, a avaliação de proteína C reactiva [37/42 (88,1%) vs 50/51 (98%); RR 1,11 (0,99-1,25)] e, principalmente, da velocidade de sedimentação [25/42 (40,5%) vs 41/51 (80,4%); RR 1.98 (1,34-2,94)] registaram aumentos. Verificou-se um aumento do isolamento de Staphylococcus aureus meticilino-resistente [1/42 (2,4%) vs 3/51 (5,9%); RR 2,47 (0,27-22,89)]. O esquema terapêutico foi instituído em conformidade com o protocolo em cerca de 60% dos casos e a duração da antibioticoterapia endovenosa foi ajustada em mais de três quartos dos casos (82%). Identificaram-se registos de seguimento na quase totalidade dos doentes (92,1%). Conclusão: Esta avaliação revelou uma melhoria global no padrão de cuidados prestados aos doentes com artrite séptica embora haja margem para evolução no futuro. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos permite manter a flucloxacilina na terapêutica empírica destas infecções. A elaboração de um protocolo nacional com a colaboração de outras instituições, poderá permitir uma melhor adesão, tendo em vista a optimização de resultados
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